Pós-graduação em Ensino de Língua Portuguesa

Pós-graduação em Ensino de Língua Portuguesa

terça-feira, 27 de abril de 2010

I ENCONTRO DE ESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DE NATAL

(Participem!!)
Será realizado nos próximos dias 28, 29 e 30 de abril, no Teatro Alberto Maranhão, o I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa de Natal. O evento é uma iniciativa da Prefeitura Municipal do Natal em parceria com a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), através da Capitania das Artes. O objetivo do encontro é promover o intercâmbio entre escritores de língua portuguesa dos cinco continentes.
O encontro foi dividido em três temas:
“Literatura Lusófona: elo entre continentes e culturas” e terá como conferencista o professor Carlos Reis, catedrático na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra;
“Cosmopolismo, expressões populares e globalização” cujo conferencista será o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro;
“Os desafios das novas tecnologias na literatura”, com o escritor angolano José Eduardo Agualusa.
Estarão presentes ainda, como convidados especiais: Ondjaki (Angola), Edivaldo Boaventura (Brasil), José Luís Tavares (Cabo Verde), Daniel Eurícles (Cabo Verde) Suleiman Cassamo (Moçambique), Fernando Pinto do Amaral (Portugal), Inocência Mata (S. Tomé), Luís Cardoso “Takas” (Timor), entre outros.
As inscrições para participar do encontro, que é gratuito, deverão ser feitas através do endereço eletrônico:
eelp@natal.rn.gov.br.
PROGRAMAÇÃO

Dia 28 DE ABRIL (QUARTA-FEIRA)14:00 - Entrega de credenciais,14:30 - Abertura solene15:30 - Debate Literatura Lusófona: Elo entre continentes e culturasConferencista: Carlos Reis - Professor universitário e escritorModerador: professor da UFRNMesa formada por representantes das cidades participantes da UCCLA.17:00 - Coffee break17:30 - Continuação do debate18:30 - Encerramento

Dia 29 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA)15:00 - Debate: Cosmopolismo, expressões populares e globalizaçãoConferencista: João Ubaldo Ribeiro - escritor brasileiroModerador: Professor da Universidade Potiguar - UnPMesa formada por representantes de vários continentes16:00 - Coffee break17:00 - Continuação do debate18:30 - Encerramento

Dia 30 DE ABRIL (SEXTA-FEIRA)15:00 - Debate: Os desafios das novas tecnologias na literaturaConferencista: José Eduardo Agualusa - escritor angolanoModerador: representante do Ministério da CulturaMesa formada por representantes de vários continentes16h30 - Coffee break17:00 - Continuação do debate18:30 - Encerramento19:00 - Show musical com Chico César

Colaboração: Profª Maria Suely.

sexta-feira, 23 de abril de 2010




Diário de classe digital
O letramento e as novas tecnologias
19/03 - (Primeiro encontro)

Começamos uma nova disciplina: Letramento digital, e para mim, foi uma disciplina nova literalmente, pois através dos estudos e leituras que fizemos, mudei meus conceitos sobre Letramento e Letramento digital.
Eis alguns pontos que estudamos e achei necessário publicar no meu diário:
· A alfabetização é tecnologia adquirida através de métodos;
· Letramento: prática da escrita e leitura no decorrer da vida;
· Ler é mais que codificar e decodificar; é interpretar.

Aprendi que, para Magda Soares, existem vários letramentos, e o letramento digital é um dos tais, no qual só acontece quando o leitor sabe utilizar o computador.
De acordo com o texto: “Letramento digital - Aspectos sociais e possibilidades pedagógicas”, um dos suportes para a nova escrita é a tela digital, vi também no referido texto que “todas as novas formas de ler aparecem vilãs de um tempo, quando na verdade, são apenas novas possibilidades para algo que já se fazia e já se fez na história das interfaces”.

Dentre os variados suportes de leitura, o computador e seus periféricos são comparados a gabinetes fechados onde há alguns séculos as leituras eram feitas, sendo comparados a objetos antigos.

26/03 (Segundo encontro)

Estudamos sobre o Hipertexto e Tecnologias na Educação, neste texto estudei sobre o letramento alfabetizado e o não-alfabetizado virtual, o não-alfabetizado é aquele que começa do zero no mundo digital, mas mesmo assim, o leitor vai adquirindo experiências, deduzindo, interpretando a partir de características familiares que ele já possui.
O letramento digital interage além de interpretar.
É preciso codificar, decodificar tecnologicamente para compreender o letramento digital
É através da tela, o ciberespaço, que se materializa a interação entre escritor e leitor.
Estudei que os hipertextos são como nossos esquemas mentais e os links são como portas que abrem caminhos para outras informações.

09/04 (Terceiro encontro)
Nossa turma construiu o blog “Especialistas em Língua Portuguesa”, onde postaremos nossas ideias, nossos estudos, enfim, nos ajudará, será um suporte técnico para cada professor em Língua Portuguesa. Entregamos o Estudo Dirigido sobre "Espaços Hipertextuais", da Coscarelli. Também estudamos a atividade de estudo e pesquisa em grupo da atividade "Relatos de Aprendizagens sobre Gêneros Digitais", foi muito importante o estudo, e a cada leitura feita abrimos nossa mente aos novos gêneros surgidos com o letramento digital. Através do texto vi que a cada dia mais o letramento digital mesmo antes de adquirir completamente o letramento alfabético ensinado na escola e a prática, o usuário frequente aprende com muito mais ênfase e domínio os gêneros digitais, mas também o mesmo tem desenvolvido a escrita e a oralidade através do mundo digital.

16/04 (Quarto encontro)

Em nosso quarto encontro, no primeiro momento de aula, os grupos tiveram oportunidade de organizar seus trabalhos para apresentá-los à tarde.
O segundo momento foi muito proveitoso, pois os grupos explicaram com clareza sobre a escrita e a oralidade na internet, os diversos gêneros e suportes do ambiente virtual.


Enquanto os grupos apresentavam, eu fazia minhas anotações:
Grupo 1- O Hipertexto abre novos caminhos para outros textos. O hipertexto está em constante transformação, multiplicidade, complexidade, heterogeneidade, potencialidade, conectividade e cartografia.
Grupo 2 - O Blog, diário digital, exposto a todos, tem interatividade, é simultâneo e usa uma linguagem padrão.
Foi indagado sobre o blog ser um gênero ou um suporte para vários gêneros. Apesar de a internet ser criticada, a escrita é fundamental para seu uso. O letramento cultural é mais amplo que o letramento digital.
Grupo 3 - O Hipertexto tem links ligados, ou seja, através de um link inserido em um texto, podemos navegar em outros sites. Os gêneros podem ser primários quando tem uma linguagem simples, ou gêneros secundários quando a linguagem é mais bem elaborada.
O chat não é visto como gênero.
Na linguagem transmitida e o conceito de linguagem vai se modificando.
Grupo 4 - A oralidade e a escrita são repensados no ambiente virtual. Há análises negativas em relação ao ambiente virtual. Por outro lado, há interação, troca de ideias. E a partir do hipertexto, toda leitura torna-se um ato de escrita.

Considerações acerca da disciplina Letramento Digital


A disciplina Letramento Digital trouxe um aprendizado a mais e tal como é dito por Bustamante(1996) " pois de um lado, a riqueza de imagens e as múltiplas opções ; de outro, o programa sem nada, a não ser o desafio a explorar, descobrir e demonstrar. A interação grupal, a troca.É a conclusão extraída a partir do desafio."


Terezinha Gabriel

Natal(RN), 23/04/2010

Dificuldade para com o mundo digital

Muitas pessoas têm dificuldade em adentrar o mundo digital. Isto porque, para se adaptar a esse novo universo é preciso aprender as técnicas de uso da "ferramenta" chamada computador. Assim, nem sempre estamos aptos para navegar nesse contexto. Eu sou uma. Mas, pretendo investir nesse recente conhecimento, para, então, poder produzir textos nos emergentes gêneros digitais.

Josenaide Souto ( à direita da foto)

Natal(RN), 23/04/2010

O VIAJANTE INTERINO

I
Como a ceipa trouxe a rama
E a rama trouxe a fulô,
Dos primórdios lusitanos
Minha língua engatinhou...
Do calcanhar nordestino
Ao ciberespaço interino
Chamado computador.

II
Numa viagem emergente
Ao digi-mundo eu ouvi:
Rosana de Araújo,
Marcuschi, Saores, Lévy
Falando de hipertexto,
Recurso, gênero e conceito,
Que navegar é preciso!

III
E aqui vai meu repente,
Pois no cordel sou ligeiro,
Acima dos mega bytes
Que nem galope faceiro
Fazendo um comparativo
Do meu regionalismo
C'um internauta maneiro.

IV
Abóbora é jerimum,
Aipi é macaxeira,
Traíção é par de chifre,
Diarréia é caganeira,
Verminose é lombriga,
Prostituta é rapariga,
Desodor é suvaqueira.

V
Tem mais quinhentos verbetes
Que circulam noite e dia
Na boca do nordestino
Como jabá e farinha,
Que faz do regionalismo
Orgulho e patriotismo,
Coragem e valentia.


VI
Se tem rede é de balanço,
Arrob@ só de batata,
E-mail pela metade,
Web é o “fi” de Graça,
E o MSN?
É Mané Silva Nascente
No ferro que fere a vaca.


VII
Delete? Queijo e qualhada,
Chat é Zé do butiquim
Quando toma cd room
Fica blogado e bebim,
Internauta tem na lua
Vírus-lata tem na rua,
Byte tem aro e selim.


VIII
E assim vou misturando,
Chiclete com tapioca
Banana com hot dog
Cascudo com Microsoft
Jogando o meu nordestês
Na cara do internetês
Que bate na minha porta.


Gonçalo Laurindo
Natal(RN), 22/04/2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010



"Ao interagir com hipertextos, é necessário que eles desenvolvam habilidades e competências requeridas para esse modo de enunciação digital. Como selecionar e filtrar conhecimentos, estabelecer as relações entre os diversos fragmentos (...) Ainda é necessário ressaltarmos que a leitura não deve ser vista como única (...) é necessário considerá-la em sua multiplicidade e diversidade de vozes, próprias do hipertexto. Nesse sentido, o aluno teria lugar como um sujeito verdadeiramente agente de sua aprendizagem."


PINHEIRO, Regina Cláudia. Estratégias de Leitura para compreensão de Hipertextos, 2005.

Ana Catarina




XAVIER, Antonio Carlos. Reflexões em torno da escrita nos novos gêneros
digitais.Vol.18.N.2- 2005.

“ A internet é uma mídia que tem como fundamento central o conceito de liberdade de expressão”. [...] Hoje mais do que ontem, valoriza-se não só o que diz, mas principalmente o direito de dizê-los ainda que para tal se utilizem formas de escrita não convencionais”. p.5
[...] “ os adolescentes usuários freqüentes da mídia encontram na rede o espaço para exercitar aquilo que mais gostam de fazer pela própria natureza: transgredir. Sabem quem não há sanções ou qualquer forma de expressão quanto ao como vão dizer o que querem dizer”. [...] “ O exercício de liberdade expressão na rede exige habilidade e agilidade do escrevente para revelar ao mundo suas opiniões e sensações.”[...] “ A internet é essencialmente um espaço de produção de linguagem e a forma de linguagem hoje que predomina nas páginas digitais da internet ainda é a linguagem verbal na modalidade escrita da língua”. p.6
[...] “ é natural que cada nova necessidade de comunicação ou desejo de expressão do homem, haja modificações na forma de utilização da língua. [...] “ são os novos contextos sociais e de relacionamento de interpessoais que reclamam a criação de novos gêneros textuais.” [...] “ os gêneros textuais nascem para atender a essa diversidade de condições físicas, emocionais e econômicas que posicionam o usuário da língua a utilizá-la de uma certa forma e não mais de outra.” p.7
“ A escola deve aproveitar a competência comunicativa dos adolescentes que usam os gêneros digitais disponíveis na rede virtual para transformá-los em bons produtores de gêneros textuais valorizados em sala
e aula e no mundo real.”p.8

LUIZ CARLOS – Em 22/04/2010.

Poemas no CCHLA

Para quem gosta de ler poemas. Entre no site: http://www.cchla.ufrn.br/ e vá ao link à direita (ícone) poemas no CCHLA.

Semana de Humanidades -UFRN

Divulguem seus trabalhos na XVIII Semana Humanidades. Para maiores informações acessem o endereço http://www.cchla.ufrn.br/shXVIII/

I COLÓQUIO DE LEITURAS ORIENTADAS - CLEO

Inscrições: serão feitas unicamente pelo e-mail cleoufrn@yahoo.com.br.
Dias: 27 e 28 de abril de 2010
Local: Auditório da BCZM
Horário: 18h45m às 20h45m

Informações:
Secretaria do PPgEL
tel.: 3215-3584
Secretaria do Departamento de Letras
tel.: 3215-3582

Site da SBPC 2010

O site da SBPC está ativo: www.sbpcnet.org.br/natal - acessem!!!!!

EVENTOS 2010

Acessem o endereço abaixo e conheçam os eventos na área de língua e literatura para 2010.
http://www.uern.br/mestrado/letras/paginas/pages/eventos/eventos.html

Evento sobre o dia do livro

A professora Ana Santa está convidando a turma para um evento que se realizará amanhã (23/04/2010) no Campus do IFRN, no centro, próximo ao sindicato dos professores. O evento se realizará a partir das 16h e será encerrado com um coquetel.

O cartaz de divulgação encontra-se no Kennedy

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Liberdade

SANTOS, Else Martins dos. Chat: e agor@? Novas regras – Nova escrita. In: COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2 ed. Belo Horizonte: Ceale, Autêntica, 2007. p. 151-183.

“A internet (...) vem impondo uma série de transformações nos hábitos das pessoas. Trata-se de uma rede sem censura, leis ou horário de funcionamento.” [...] “A liberdade na rede é total.” (p. 151).

*Embora em seu texto, a autora se refira ao uso da internet como ferramenta do letramento digital, gostaria de utilizar o trecho em destaque para me reportar a alguns cuidados que acredito serem de grande importância quando da utilização da internet:
1) Responsabilidade no que se divulga na grande rede;
2) Cuidado com sites inadequados à idade dos usuários;
3) Cautela quanto ao uso para compras;
4) Observância do tempo que o usuário passa conectado (para que se evite o vício)...

*Lúcia Farias

terça-feira, 20 de abril de 2010

O diário – características

O diário é um gênero textual que geralmente tem como leitor o próprio autor. Relata fatos do cotidiano ou impressão produzidas por eles, pensamentos, observações, opiniões, ideias, sentimentos, segredos, etc. tem uma estrutura livre, normalmente é datado e pode ou não ser dirigido a alguém. É escrito geralmente na 1ª pessoa. Os verbos podem estar no presente e/ou no passado. A linguagem varia de acordo com o locutor, podendo ser formal ou informal, na variedade padrão ou em uma variedade não padrão. A assinatura é facultativa.

O texto a seguir é um trecho do diário de Janina. Esta página foi escrita depois que a autora, sua mãe e sua irmã juntam-se a outros refugiados que deixam Varsóvia e deportados para zona rural.

20 de outubro de 1944

Ainda estamos vivas. E juntas. Por aqui tudo é tão tranquilo e tão seguro que é difícil acreditar que todo o nosso passado recente seja real. Será que pesadelo acabou? Será que vamos viver assim até o fim da guerra e finalmente sobreviver? Durante o dia, quando o sol brilha através do minúsculo quadrado de nossa janela, eu penso que sim, é isso, nós escapamos. Mas quando acordo no meio da noite, imagens horripilantes retornam como uma torrente, o medo me arrepia a alma e não consigo voltar a dormir. Então começo a pensar em nossa vida atual, em como nossa situação é de fato incerta e como estamos longe de nos sentirmos seguras. Porque eles ainda estão aqui, embora não se fale muito sobre isso. Estão aqui, mandando nesta tranquila zona rural, nestas pessoas que nos abrigaram sob o seu teto. E só estamos aqui porque eles ordenaram que os granjeiros locais acolhessem os deportados, da mesma forma que os obrigaram a entregar parte de seu gado para o Terceiro Reich. Os nazistas podem estar perdendo batalhas a oeste, podem estar feridos de morte ao leste, mas aqui exatamente eles estão em pleno comando. E assim, a qualquer dia ou noite este período de tranquilidade pode facilmente chegar a um fim abrupto. Vamos supor que alguém na aldeia deteste judeus, ou tenha uma desavença com a família que nos abriga, ou deseje receber uma recompensa. Aposto que essa senhora e seus filhos não imaginam quem somos. Talvez nem mesmo consigam identificar um judeu pela aparência. Espero que não sejam fuzilados se os nazistas chegarem até nós. Afinal, só estão fazendo o que foram obrigados a fazer – acolher refugiados de Varsóvia. E é isso que somos, refugiados de Varsóvia.

Sei que manter meu diário significa assumir um grande e desnecessário risco – ele contém a afirmação, preto no branco, de tudo aquilo que estamos tentando esconder. Mas não quero que minhas experiências caiam no esquecimento, de modo que continuarei escrevendo, se não para a posteridade, ao menos para mim mesma. Agora vou enterrá-lo no fundo do catre e dormir por cima dele.

(janina Bauman. Inverno na manhã – Uma jovem no gueto de Varsóvia. Rio de Janeiro: Joge Zahar, 2005. P. 205-6.)




Os diários como documentos históricos

Um diário pode se tornar um documento de grande valor histórico por registrar o dia-a-dia de uma pessoa que viveu uma época de guerra, de fome, de conflitos sociais, etc. É o caso, por exemplo, do diário de Janina Bauman e também do Diário de Anne Frank, ambos amargos testemunhos da Segunda Guerra Mundial. Anne Frank também era judia e, nessa época, viveu escondida com sua família, durante dois anos, no sótão de um prédio, em Amsterdã, Holanda. Descobertos pelo Gestapo, todos foram mortos, com exceção do pai, que, após a guerra, publicou o diário da filha.

Em 1993-4, foi publicado O diário de Zlata – A vida de uma menina na guerra. Sua autora, outra menina, Zlata Filipovic, também narra os horrores da guerra, dessa vez na Bósnia.

(Cereja, William Roberto, Magalhães, Thereza Cochar. – 4. Ed. – São Paulo: Atual, 2006.)

Josenaide Souto

domingo, 18 de abril de 2010

"Impedir os adolescentes de usarem os gêneros digitais sob o pretexto de que prejudicam a aprendizagem da escrita 'correta' é ignorar o fenômeno da variaçao linguística, é priorizar o ensino da forma em detrimento do conteúdo e tranferir o fracasso metodológico do ensino da notação ortográfica para um fator externo à prática pedagógica que por si só não pode ser responsabilizado.
Portanto, a internet tem muito a contribuir na formação intelectual e linguística dos seus usuários, pois tende a fazer deles vorazes leitores e autores de textos sejam verbais, visuais, sonoros ou hipertextuais, habilidades que a escola e suas milenares ferramentas pedagógicas têm conseguido com muita dificuldade."
XAVIER, Antonio C. S. - Reflexões em torno da escrita nos novos gêneros digitais da internet.

Luciene Felix
PESQUISA SOBRE A TEMATICA DO TEXTO O HIPERTEXTO COMO NOVO ESPAÇO DE ESCRITA EM SALA DE AULA.

ARGUMENTAÇÃO FAVORÁVEL

HIPERTEXTO E EDUCAÇÃO

Na sala de aula, onde se trabalha com hipertexto, os alunos, num sistema de colaboraçâo, acabam aprendendo mais e através de diversa fontes. O próprio conceito de hiper texto pode nos levar a essa intenção. Uma atividade colaborativa traz benefícios extraordinários no que diz respeito á construção individual e coletiva do conhecimento. Osprofessores também podem trabalhar com hipertexto para funções pedagógicas. Utilizar textos de varias turmas e redistribui-los é um bom exemplo. Ohiper texto também traz como vantagem para a educação a construção do conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de diferentesdisciplinas.

t.wikipedia. org/wiki/hiertexto-acessado em <13/04/2010



PARTICIPANTES: Ana Cláudia Ferreira de Lima
Francisco Cessimar Alves Barros
Silene Silva Pontes

sábado, 17 de abril de 2010

Chat

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. Disponível em: http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/5628/material/artigo%20generos%20textuais%20emergentes%5B1%5D%5B1%5D...%20marcuschi.doc. Acesso em 30/09/2009c.

Marcuschi explicita que há mais de um tipo de Bate-papo/chat:

1) virtual em aberto;

2) virtual reservado (a interação é particular, podendo ocorrer o isolamento dos interlocutores);

3) ICQ – agendado (não precisa esperar o envio da mensagem);

4) virtual em salas privadas (para apenas duas pessoas – parecido com o virtual reservado);

5) educacional (os participantes se conhecem ou se identificam com o próprio nome, sua função é instrucional, conta com a figura do professor, possui de 10 a 15 participantes).

*E eu - ah! Coitada! - achando que era tudo igual.

*O educacional se parece o fórum, com o qual já trabalhei - a diferença era a quantidade de alunos, 230, aproximadamente. Eu quase enlouqueci - parece que eles combinavam e entravam (quase) todos de uma só vez... Eu era "bombardeada" de perguntas. Não sabia qual responder primeiro. Foi uma experiência e tanto!

*Lúcia Farias

Emoticons

Nos chats, os emoticons são de grande importância: a comunicação fica mais rápida, mas é necessário que os interlocutores conheçam seus significados.












Lúcia Farias.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sobre o Hipertexto - Gêneros Textuais


“A escrita e a leitura trocam seus papéis. Todo aquele que participa da estruturação do hipertexto, do traçado pontilhado das possíveis dobras do sentido, já é um leitor. Simetricamente, quem atualiza um percurso ou manifesta este ou aquele aspecto da reserva documental contribui para a redação, conclui momentaneamente uma escrita interminável... As costuras e remissões, os caminhos de sentido originais, que o leitor reinventa, podem ser incorporados à estrutura mesma do corpus. A partir do hipertexto, toda leitura tornou-se um ato de escrita.”


LÉVY, P. O que é virtual?, 1996

"[...] os suportes digitais, as redes, os hipertextos são, a partir de agora, as tecnologias intelectuais que a humanidade passará a utilizar para aprender, gerar informação, ler, interpretar a realidade e transformá-la."
RAMAL, Andréia Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem, 2002

Ana Catarina

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Email como Gênero Textual na Sala de Aula

WASLEY SANTOS
Segundo Marcushi (2004 apud Santos, 2009), os gêneros textuais são os textos materializados encontrados em nosso cotidiano. Esses apresentam características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Para a Linguística Textual, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica , do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam en nossa sociedade.
O email, inclusive, tornou-se um gênero textual altamente utilizado a partir do século 20, precisamente em 1971, com o advento da era digital e o acesso ilimitado de muitas pessoas à rede mundial da Internet. Em princípio, é um sistema de transmissão rápida via Internet em que os usuários se comunicam em questão de segundos. O correio eletrônico, ou seja, a página da Internet é o suporte e o gênero textual é o email.
Apesar de apresentar desvantagens, como necessidade de provedor de acesso e certa invasão de privacidade - pois esse gênero circula muito livremente pelo ambiente virtual, podendo ser enviado para endereço errado, ser copiado e até mesmo alterado – o email oferece vantagens que superam os previsíveis prejuízos. Podemos citar como exemplos dessas vantagens a velocidade de transmissão de informações e a possibilidade de envio da mensagem (ao mesmo tempo) para diversos destinatários.
Pensando em uma sala de aula, na visão de um projeto coerente e coeso de ensino de língua materna através de gêneros textuais, o email é uma excelente opção para o professor utilizar em sua práxis. Excelente porque esse gênero está a todo o momento à disposição da necessidade sócio-comunicativa do aluno e pode ter também uma aparência muito semelhante ao do bilhete ou carta pessoal, gêneros estes, inclusive, já bastante surrados pela escola.
Diante disso, é interessante que o professor compreenda o email como gênero textual, o qual tem uma estrutura-padrão da carta: vocativo, texto, despedida e assinatura (podendo variar a depender do grau de formalidade e/ou de quem seja o destinatário). A linguagem varia, igualmente, conforme a situação estabelecida entre os interlocutores. Seus parágrafos costumam ser curtos para uma maior clareza na leitura do texto.
Portanto, ainda dentro desse projeto de ensino de língua materna, há que se pensar como esse gênero se presta ao ensino de língua, em que contribui e de que necessita para sua efetivação de uso em sala de aula.
Tendo em vista o trabalho pedagógico das aulas de linguagem com Análise Lingüística (AL) dos mais variados gêneros textuais, o email propicia um leque de pontos a serem analisados e discutidos pelos alunos e pelo professor. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literários ou puramente gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta (ou só apresenta) características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido. Ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
Quanto à aplicabilidade, seria viável, apenas como sugestão de trabalho, que o professor, ao tomar o email como gênero textual nas aulas de língua, solicitasse aos alunos para que escrevessem, por exemplo, um email para uma autoridade da sua cidade, convidando-o para um dado evento da escola. Depois, que outro email fosse elaborado para um amigo íntimo, informando-o que tal dia não haverá aula e por qual motivo.
Ao avaliar a produção de texto desse gênero email, o professor atentará para que sejam observadas pelos alunos as diferenças básicas de cada email-texto produzido, comparando a linguagem usada e as diferenças quanto ao conteúdo e à finalidade. Só muito depois, muito depois de que fossem discutidas, compreendidas e apreendidas as questões concernentes à funcionalidade desse gênero, o professor faria revisão(ões) e reescrita(s), quantas vezes precisas, para adequar a estrutura sintático-semântica das frases, os fatores de coerência e os mecanismos de coesão do texto, o vocabulário a dotado etc.
O trabalho de AL, assim, ganharia mais espaço de maneira lógica e didática. As aulas de língua não seriam mais preenchidas com listas de verbos, nem muito menos produções textuais desconexas à realidade de mundo do aluno. Seria, portanto, ensinar o que dizer e como dizê-lo a alguém.
**

Referências
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 13-67.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. E-mail: um novo gênero textual. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 68-90.

http://www.webartigos.com/articles/20685/1/O-Email-como-Genero-Textual-na-Sala-de-Aula/pagina1.html
Jane

Ser mulher

Você chora todo o tempo
(Até quando o riso explode),
Misturando sentimentos:
O que quer e o que não pode,
O que tem e o que não quer,
O que escolhe e o que consente.
Confusão de ser mulher:
Meio anjo, meio gente.
A mulher que a mim espanta
Também é a que me encanta:
É canção, perfume e cor.
E quando o perfume falta,
Sua essência sobressalta:
Ser mulher é ser amor.

(Fábio Paradela)

Jane

Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital”

No texto de Marcuschi “ Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital” vimos um análise das caracteristicas de alguns gêneros textuais que fazem parte do contexto digital. Segundo o autor, não são muitos os gêneros emergentes nessa nova tecnologia, nem totalmente inédito. Esses gêneros provocam uma polêmica na proporção de seu impacto na linguagem e na vida social. O ambiente virtual é versátil e compete, na importância, nas atividades comunicativas ao lado do papel e do som e seu sucesso está na capacidade de reunir várias formas de expressão, em um só meio, como: texto, som e imagem.
Esse trabalho nos faz perceber que o impacto das tecnologias digitais na vida contemporânea já mostrou que tem enorme poder tanto para construir como para destruir.
Marcuschi fala sobre Comunidades virtuais,que os gêneros emergentes no meio virtual são: e-mail, bate- papo virtual em aberto/ room-chat, bate- papo virtual reservado/ chart, bate -papo agendado/ ICQ, bate papo virtual em salas privadas, entrevista com convidados, aulas virtuais, bate- papo educacional, vídeo-conferência interativa, lista de discussão e endereço eletrônico)e que entre os mais praticados estão e-mail, bate- papo virtual e a lista de discussão.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergente no contexto da tecnologia digital. 50º reuniãodo GEL, USP. São Paulo, 23-25 de maio de 2002
Jane

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os hipertextos

O novo espaço de leitura e escrita está disponível a partir do clique de um mouse. É um mundo de informações que leva o internauta a navegar na internet sem manusear livros, revistas ou textos impressos. "Os hipertextos, por sua vez, normalmente contam ou podem contar com a presença de imagens, ícones, outras marcas, como os hiperlinks, as barras de rolamento, diferentes formas de mostrar que um botão está ou não ativado, sons, gráficos, animações, vídeos, entre outros"(Coscarelli, 2002)
O leitor virtual enquanto lê, vai tecendo seu texto indefinidamente como em caminhos entrelaçados e intrincados.

COSCARELLI, C.V.(org). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

Adenilza Soares

Da escrita à informática

O contato com o papel, o caderno, o uso da caneta ou lápis, o uso da borracha ao apagar alguma palavra escrita de forma errada, o amassar de uma folha na mão, ao escrever algo sem sentido são ações que causam um prazer indescritível. Difícil é acreditar que um dia seriam substituídos por um novo espaço de leitura e escrita chamado informática.
Nesta revolução tecnológica, a caneta ou lápis virou teclado, o monitor a folha de papel, o mouse virou borracha e as letras foram transformadas em bites. Trata-se de um momento chamado de cibercultura. "O conjunto de técnicas ( materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço" Pierre Lévy

FARACO, Carlos Emílio...[et al] Ofício do professor: aprender mais para ensinar melhor:Programa de Educação a distãncia para professores de 5ª a 8ª séries e ensino médio: 3.Linguagens, códigos e suas Tecnologias.São Paulo: Fundação victor Civita, 2004.

Adenilza Soares

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Cada leitor trilha um percurso individual na leitura de um hipertexto construindo seu próprio texto (hiperleitor). Se o hiperleitor não monitorar sua compreensão para a busca de leitura, incorre o perigo de quebrar a continuidade temática e se dispersar."
http://historiaelmc.blogspot.com/

Luciene Felix


"As interfaces, portanto, determinam um modelo de interação, em outras palavras: a interface é a responsável pela relação que o sujeito terá com os textos, enunciados e gêneros em ambientes digitais."
SOUZA A.G.(2007)Os gêneros digitais e a questão do software como suporte. In.: II Encontro Nacional sobre Hipertexto 2007 - Universidade Federal do Ceará - Fortaleza, Brasil.

Luciene Felix
O blog constitui-se um gênero emergente no contexto digital. De acordo com Komesu (2005), o termo vem de weblog, ou seja, “arquivo na rede”. Surgiu em agosto de 1999, criado pelo norte-americano Evan Williams.Trata-se de um diário aberto, o blogueiro[6] deixa registrado, em forma de diário, seu cotidiano.
Segundo Marcuschi (2005, p. 61), “a princípio os blogs eram listas de links e sites interessantes que poderiam ser consultados, bem como notas de atalhos para navegação”. Atualmente alguns blogs já estão sendo utilizados para anotações diversas como: poema, crítica literária, crítica de cinema, letras de música, exposição de idéias, opiniões políticas, enfim tudo que é dialógico no ambiente virtual.
Uma das funções do blog é aproximar pessoas, enfim possibilitar interações. Através dele é possível saber notícias de amigos distantes como também fazer novos amigos, formando-se uma comunidade de blogueiros, pois vários blogs disponibilizam links para outros blogs como se fosse uma recomendação de boa leitura.
Além da modalidade escrita, esse gênero constitui-se a partir de várias semioses que completam seu potencial discursivo: imagens, sons, animações, emoticons[7]. Essa reunião de signos torna seu aspecto visual bastante interessante para o leitor desse gênero. Com relação ao aspecto estrutural, é um gênero bem simples, as últimas postagens geralmente aparecem no topo, já as mais antigas no final da página, e há sempre o acompanhamento da data e do horário da postagem. As atualizações podem ser feitas diariamente ou de forma seqüencial de acordo com a disponibilidade do blogueiro.
A linguagem utilizada no blog, geralmente, mostra-se informal em virtude da necessidade de rapidez nas postagens.

Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/textodigital/article/viewFile/1378/1077
Conhecendo o Gênero Blog SILVA, N. R. da. Práticas de leitura: a utilização do blog em sala de aula. Texto Digital, Florianópolis, ano 2, n. 2, Dezembro 2006.

domingo, 11 de abril de 2010

"A informação na internet é disposta e organizada numa tela a qual permite ao navegante os mais diversos caminhos, não tendo fim para o percurso e nem um início exato. Essas informações são apresentadas em diversas linguagens que se traduzem através de texto, imagem, som, animações, as quais possibilitam ao sujeito interação com essa informação, tanto no que se refere a liberdade de escolha de caminhos a ser explorados como também na possibilidade de intervenção sobre essas informações (copiando, recortando, colando)."

"Os gêneros virtuais imersos ma internet e suportados pelos sites, apresentam-se como um espaço de escrita diferenciado, os quais não possuem limitações geográficas e temporais, pautados numa lógica multidimensionada, que permitem ao leitor/escritor coordenar seu acesso às informações conforme preferências pessoais, de maneira totalmente à vontade a seguir seus gostos e interesses, bem como interagir intimamente na produção de informações a partir das possibilidades de construir superposições de discursos."
ARAÚJO, Eosana Sarita de. Letramento Digital: conceitos e pré-conceitos. Anais eletrônicos do 2º Simpósio Hipertextos e Tecnologias na Educação. 1ª ed. UFPE, 2008. Disponível em: www.ufpe.br/nehte/simposio2008/anais/Rosana-Sarita-Araujo.pdf

Luciene Felix
Fico preocupada com as formas de interação na Internet, pois o uso da linguagem "internetês" a cada dia torna-se mais usada. E isso implica na escrita dos nossos educandos e, talvez, ameaçando a língua. Diante da informatização, qual deve ser o papel da escola em relação à leitura e à escrita?

Luciene Felix
" Saber utilizar a tecnologia é uma conexão do homem com o novo. É uma mudança no contexto do processo educacional, com outras linguagens, trabalhos compartilhados em rede e outros recursos."

"O Letramento digital não é uma concepção diferente, mas uma prática de leitura e escrita, não só para a cultura do papel e sim com um novo sentido: utilizar-se da leitura, escrita e compreensão do indivíduo através da tela do computador."

Luciene Felix

Experiência em Sala de Aula

Para a introdução do gênero textual CONTO, realizei uma dinâmica usando o texto de Raymond Queneau, UM CONTO A SUA MANEIRA (aquele que a Professora Maria Suely, da disciplina Letramento Digital, utilizou para introduzir a discussão sobre o Hipertexto).
Utilizei a seguinte metodologia:
Primeiro, li o item 1, escolhi o item 4 do conto. Então, solicitei que o mesmo fosse lido por um aluno, e este deveria proceder da mesma maneira. Foi um sucesso. Toda turma participou da leitura e cada vez que chegávamos ao número 21, eu ouvia: "Ah! professora...",pois o término é muito interessante.
Reiniciamos a leitura várias vezes sempre o usando a mesma dinâmica, depois solicitei que cada um escrevesse uma história e só então falei o que era um conto,suas características, etc.
A aula foi um sucesso!

Sueli Araújo

Minicurso

Minicurso

Estou comentando sobre o minicurso LEITURA E RECONTEXTUALIZAÇÃO: o discurso multicultural, por considerá-lo uma retomada, não só das aulas de LETRAMENTO DIGITAL, mas também, de outras disciplinas já ministradas no curso.
Surpreendeu-me o fato de ser um padre o ministrante do referido minicurso, e mais ainda a sua habilidade de simplificação, sem perda de valor, dos assuntos abordados.
O *Pe. Bruno retomou conceitos já conhecidos nossos, fez uma trajétoria da história do ensino no Brasil, abordou culturas existentes em nosso país, citou autores como
Bakhtin, Bourdieu, Foucalt, Freire, Geraldi, Kock, e Marcuschi entre outros, falou sobre a construção de currículo e deu dicas de trabalhos em sala de aula (sempre enfatizando o uso de textos). As 4h da manhã de sábado pareceram minutos.

Particularmente, interessou-me os três seguintes:

Leitura e Recontextualização:o discurso multicultural;

O Professor Sociointeracionista e @ Inclusão Escolar;

Linguagens e a Palavra.

Esse último traz um capítulo especial sobre o assunto que estudamos para apresentação dos relatos da próxima sexta - feira (16/04/2010), na disciplina Letramento Digital. O capítulo tem como título "A palavra nos novos gêneros textuais da Internet" e se divide em subitens: E-mail, Blog, Chat e Teleconferência.

Observação: Quem não foi ao minicurso perdeu uma grande oportunidade de revisar os conteúdos aprendidos e até mesmo ser ajudado na monografia (o pessoal da produção de textos e livros didáticos).

*O Pe Bruno é sacerdote da Diocese de Nazaré da Mata (PE), formado em Filosofia e Teologia em Olinda, cursou Letras na UFPE, é mestre em Ciências da Linguagem pela UNICAP. Atualmente trabalha como coordenador do EJA do SESC Santo Amaro (PE), é professor na Faculdade de Pernambuco e tem alguns livros editados.

Sueli Araújo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

COSCARELLI, Carla Viana. Espaços hipertextuais - Leitura, hipertexto, espaços mentais.Anais do II Encontro Internacional de Linguagem, Cultura e Cognição, 17/07/2003, Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte. Coordenação geral: Eduardo Fleury Mortimer, Ana Luiza B. Smolka. ISBN: 85-86091(CD-Room)

"Se pensarmos que hipertextos são um conjunto de textos interligados, por meio de links, não há por que acreditar que eles seriam tão diferentes assim dos textos que conhecemos".

*Quando leio a referência de Coscarelli a "textos interligados" e a "textos que conhecemos", vem à mente, a definição de intertextualidade que, segundo Marina Cabral**, é "um diálogo entre dois textos". Dessa forma, acredito que os hipertextos (no suporte tela) e os textos (no suporte papel) se aproximam bastante, pois, ambos sempre nos remetem a outros textos, através dos links ou da memória, proporcionando um grande auxílio na construção/compreensão de novos textos.

**Marina Cabral é Especialista em Língua Portuguesa e Literatura e compõe a Equipe Brasil Escola que consultei a partir do site: http://www.brasilescola.com/redacao/intertextualidade.htm
Acesso em: 08/04/2010.

*Lúcia Farias.

Escola x Novas Tecnologias

XAVIER, Antonio Carlos. Reflexões em torno da escrita nos novos gêneros digitais. Disponível em:
Acesso em: 18/03/2010.

“As escolas que desconhecem ou desconfiam do funcionamento e das vantagens das novas tecnologias têm se recusado a usá-las (...) têm se deixado levar por ideias e concepções sem o menor fundamento científico. Alguns professores têm reproduzido um discurso tecnófobo sem a reflexão necessária ou suficiente.”

“Tal atitude de repúdio às novas tecnologias esconde às vezes uma acomodação profissional dos que fazem a escola, para que não sejam revistos certos conceitos de ensino e reavaliadas algumas atividades pedagógicas repetidas anos a fio, na maior parte das vezes sem sucesso.”

*Compreendo que o novo assusta, mas acredito que não devemos dizer que não gostamos de algo que não conhecemos. Todo começo é difícil. Minha iniciação tecnológica, por exemplo, foi digna de piada - filho, irmão, amigas... todos em alerta quando eu precisava usar o computador. Hoje, uso a tecnologia em benefício das minhas aulas e sinto prazer em fazê-lo. Ainda preciso (e aprecio) trocar informações com quem tem mais experiência e acho que isso me engrandece.

*Lúcia Farias.

"Não sei ler na tela"

RIBEIRO, Ana Elisa. Ler na tela: letramento e novos suportes de leitura e escrita. In: COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa(Orgs). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2 ed. belo Horizonte:Ceale, Autêntica, 2007. p. 125-149

Ao analisar a evolução da escrita, Ana Elisa observa que o leitor também evolui, adaptando-se a cada novo suporte, sem precisar começar do zero ao lidar com um novo recurso, com uma nova tecnologia, pois se utiliza de seus conhecimentos prévios para chegar a uma nova forma de manipulação dos novos objetos.

*Entretanto, no cotidiano, percebemos que nem todos os leitores evoluem, ou seja, há aqueles que, por medo, desinteresse, falta de habilidade, entre outros motivos, fogem dessa evolução, justificando que "falta tempo para aprender a manusear o computador", "não aprecia inovações tecnológicas", "a leitura na tela é mais cansativa", "o papel é mais fácil de transportar", etc.

*Lúcia Farias.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sobre o texto da Sarita

ARAÚJO, Rosana Sarita. Letramento digital: conceitos e pré-conceitos. Anais eletrônicos do 2º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação. 1ª Ed. UFPE, 2008. Disponível em: www.ufpe.br/nehte/simposio2008/anais/Rosana-Sarita-Araujo.pdf

*Muito me chamou a atenção quando Rosana Sarita apontou para a importância da escola, que continua a ser de grande importância para a formação letrada do sujeito, abraçar o letramento digital, pois o computador pode ser seu grande aliado para a formação de um sujeito investigador, onipresente, ilimitado e capaz de realizar múltiplas tarefas com o objetivo de compreender o mundo e sua problematização.
Entretanto, preocupei-me quando se referiu às reformulações do sistema educacional ora em vigor, pois repensar os referenciais teóricos, o currículo, as relações de poder, o papel do professor e a pedagogia intercultural – como sugerido por Ramal – demandará um longo tempo e enfrentará resistências múltiplas, mas não restam dúvidas de que, assim como reflete a autora, o letramento digital ganhará expressividade e configurará um sujeito passível de exercer plenamente a sua cidadania.

*Lúcia Farias.

Comentário a respeito do texto de Magda Soares

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educ. Soc. [on line]. 2002, vol. 23, n.81, pp. 143-160 ISSN 0101-7330. doi: 10.1590/S0101-73302002008100008.

*Achei muito interessante a observação que Magda Soares faz a respeito das modificações que o texto sofre em relação a seus mecanismos de produção, reprodução e difusão ao longo da história, alertando para duas situações:
1) a tecnologia da impressão enformou a escrita, tornando-a estável (a reprodução é feita em cópias idênticas), monumental (sobrevive e persiste como um monumento ao seu autor e a seu tempo) e controlada (numerosas instâncias intervêm em sua produção e o regulam);
2) a cultura do texto eletrônico traz uma nova mudança no conceito de letramento e perde as características citadas no item anterior, retomando algumas da época em que os textos eram manuscritos (não estável, não monumental e pouco controlado).

*Lúcia Farias